DIAS DE LUTA E DE LUTO!
Dia de reafirmar nossas bandeiras de luta
As Implicações da Crise do Capitalismo para o mundo do trabalho.
De maneira oportunista o grande Capital se aproveitou das sucessivas crises para aprofundar os processos de reestruturação produtiva, promovendo demissão em massa em nível global e exigindo dos governos subservientes o aprofundamento das reformas trabalhistas, previdenciária, terceirização e precarização do trabalho.
As descobertas tecnológicas deste século se transformaram (mais rapidamente do que no século passado) em novas formas de exploração. O fenômeno da “Uberização “que se destaca principalmente pela inexistência do vínculo empregatício, é um exemplo clássico.
Apesar do nome bonito, o processo é ordinário, não se limita ao setor de serviço e já está batendo na porta de todos nós trabalhadores das chamadas categorias de ponta.
Neste ambiente de suposta liberdade nas relações entre Capital e o Trabalho ,a exploração é levada ao limite.
A Figura Romântica de Jovens trabalhando a Pé, de bicicleta, motocicleta ou dirigindo um Veículo financiado, ampliou a informalidade, e aumentou o número de doenças, acidentes, mortes e fez cair a renda dos trabalhadores.
Além disso, não é demais afirmar que milhares deles executam suas atividades profissionais em condições análogas ao trabalho escravo.
A pandemia da Covid-19 ,além dos seus efeitos mais perversos impulsionou esse processo de Uberização, propiciando aumento dos ganhos para as empresas e seus acionistas.
Não por acaso, os mais ricos ficaram mais ricos e os pobres mais pobres durante a Pandemia.
Com a Aprovação das Reformas trabalhistas, Previdenciária, Terceirização irrestrita pelo governo do ex presidente Temer e Governo Bolsonaro os trabalhadores brasileiros têm tido muita dificuldade para manter seus Direitos nas convenção coletiva ou acordos coletivos.
Os ataques do Governo Bolsonaro aos Sindicatos no último período levou os trabalhadores a olhar para os sindicatos com desconfiança e assim enfraquecendo ainda mais nossa Luta.
Para nós trabalhadores metalúrgicos, o processo de restauração produtiva que implicou na redução e fechamento de milhares de postos de trabalho com consequente esvaziamento dos chamados distritos indústrias nas cidades que compõem nossa base na região metropolitana de Campinas.
A mudança não é apenas quantitativa, mas também qualitativa. Empresas e Patrões ,a fim de se adaptarem a nova realidade (para manter seus lucros, o desemprego estrutural, a flexibilização e a introdução acelerada de novas tecnologias)receberam apoio em parcelas expressivas da população e dos governos.
No campo ideológico, o discurso da meritocracia, a prevalência do individual sobre coletivo e o ataque sistemático às organizações dos trabalhadores alteraram profundamente a correlação de forças.
Para reverter esta situação que estamos Vivendo, exigirá do movimento sindical uma Unidade de Ação Política e de Pratica Cotidiana na relação direta com os trabalhadores no interior das fabricas nos bairros, nas associações de bairros escolas e comunidades.
Porque precisamos ganhar o apoio da opinião pública da sociedade para nossa pauta de reivindicações e não ficarem contra nós quando estivermos em greve.
Precisamos construir um movimento que resulta em uma conquista coletiva para todos os trabalhadores enquanto classe trabalhadora, ex. redução da jornada de trabalho, fim dos contratos temporário, fim da terceirização desta forma sairemos fortalecidos como classe trabalhadora.
O Governo Lula trás para nós trabalhadores uma expectativa de que podemos como movimento sindical construir uma agenda política de discussão com o Governo Federal para discutir a pauta de reivindicações do Conclate realizado em 2022 com todas as Centrais Sindicais para discutir Emprego ,Salário, Direitos, Combate à Fome, Reforma Agrária e reforma Urbana etc.
Nestes 100 dias de Governo a sinalização é positiva, agenda de não privatização, redução dos juros Salário mínimo acima da inflação, retomada da valorização da Educação Pública, Saúde Pública, Autonomia do IBAMA e Fiscalização do Meio Ambiente etc. Neste 1 De Maio ,precisamos reafirmar nossas bandeiras de lutas Por Emprego Salário Com Direitos Redução da jornada de trabalho pra 40hs semanais Contra o Desemprego Revogação das Reformas trabalhistas previdenciária ,Terceirização Salário-mínimo do Dieese Conta Violência policial dos jovens pobres negros das periferias Contra violência contra as mulheres Contra as violências contra os LGBTQIA+Ah contra o racismo e toda forma de preconceito ou discriminação Em defesa da cultura dos povos originários Pela demarcação de terras indígenas e quilombolas.
Jair dos Santos
Pastoral Operária Campinas – SP