A Inclusão do Povo Preto em Serviços com nível Superior

A Inclusão do Povo Preto em Serviços com nível Superior
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De uns tempos para cá aumentou-se muito o debate sobre a questão do negro (a) em um mercado de trabalho pouco ocupado por pessoas pretas no passado. Com políticas públicas como a de cotas e do PROUNI, o povo preto passou a ter a oportunidade de se formar médico, engenheiro, advogado que antes eram profissões da privilegiada elite brasileira. Hoje o negro, pode sonhar com uma vida melhor, consegue com um pouco mais de facilidade ter um diploma na mão e tem a oportunidade de estar em lugares que no passado não se era possível alcançar. Também é visível o aumento da presença dos negros e negras nos programas de televisão, em grandes empresas com melhores salários e qualidade de vida. Há muito o que melhorar, esse número aumentou, mas quando comparado a porcentagem de pessoas pretas no Brasil, vemos que ainda é um número pequeno da população preta, que ocupa esses lugares. É importante reconhecer que o avanço que tivemos se deve aos movimentos sociais e populares fortes entre a década de 70 e 80. Em Campinas, esse movimento foi percebido como Assembleia do Povo, Oposições Sindicais e a Pastoral Operaria. Esses grupos, nunca desistiram de lutar e foram fundamentais para que o governo do PT ganhasse as eleições em 2002 e implementassem políticas públicas que iniciaram a mudança na história do nosso país.

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A própria oficialização da lei da consciência negra em 2011 foi fruto dessa luta. Infelizmente o racismo estrutural faz com que o processo de inclusão seja lento, nós estamos passando por uma fase de retrocesso devido a cortes no investimento do governo Bolsonaro e seus colaboradores a educação, saúde e cultura. Acredito, que a celebração do dia nacional da consciência negra possa ajudar a frear as perdas das conquistas que tivemos. Ágora é preciso que as lideranças dos movimentos populares, sindicais, CEBS, incentive uma real reflexão sobre esse dia, que não seja apenas mais um feriado, mas que possa ajudar na formação da conscientização de todos, para que juntos possamos dar um fim a todo tipo de preconceito e injustiça social.

Paulo de Britto Cunha

Campinas, SP – Região do Campo Grande