A luta dos trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Brasil

Estamos passando por um momento diferente no mercado financeiro, eles estão sempre em reestruturação, em mudanças, muita coisa vem mudando, não só no Banco do Brasil, mas em todo o ssitema.

O que preocupa o Sindicato do Bancários, é que não nos parece que essas mudanças, essa reestrutação seja para manter o banco do Brasil, como um banco público, um banco que atende a população. Que é pra isso que ele existe. Um banco público deve servir a população.

Isso historicamente é uma realidade, tanto no Banco do Brasil como na Caixa Econômica Federal e os outros bancos estaduais que ainda existem.

Outra questão importante, é que o papel dos bancos públicos é “puxar” os juros para baixo. Neste sentido ele tem uma finalidade específica, diferente dos outros bancos do sistema financeiro.

A reestruturação nos deixa desconfiados que é uma forma de privatizar o banco do Brasil, porque tudo aquilo que diz respeito aos mais pobres, a população, vem sendo precarizado. Estão fechando agências em locais que temos grandes números de pessoas da classe trabalhadora, mais humilde, onde o Banco do Brasil é fundamental. Entendemos que não  fará o banco crescer enquanto um banco público, mas sim deixá-lo um banco “enxuto”, que atende só grandes negócios, e amanhã vendê-lo pra iniciativa privada, para os bancos privados.

Então nos preocupa bastante, entendemos que é importante defender o Banco do Brasil, porque ele é um patrimônio do nosso povo e deve servir ao nosso povo.

Stella Alves de Lima, Presidenta do Sindicato dos Bancários de Campinas – SP

Banco do Brasil anunciou uma reestruturação no mês de Janeiro de 2021, em plena pandemia. Essa reestruturação afeta diretamente os seus trabalhadores e trabalhadoras, e nós do Sindicato do Bancários de Campinas, organizados através da Federação dos Bancários de São Paulo com Mato Grosso do Sul, estamos fazendo paralizações nas agências do Banco do Brasil contra essa reestruturação.

Optamos por organizar o movimento, realizando dias de lutas. O primeiro dia de luta foi no dia 29/01/2021, com grande adesão da categoria bancária. O segundo dia de luta, 10/02/2021 ocorreu dentro do mesmo modelo. Esse novo modelo tem como objetivo não prejudicar mais ainda, em plena pandemia, a população mais carente que precisa diretamente dos serviços bancários.

Essa luta está acontecendo nacionalmente pra dar uma resposta ao governo federal, que de uma forma violenta e truculenta, está fechando agências do Banco do Brasil, diminuindo o atendimento da população, prejudicando não só os funcionários, como também a população em geral.

E com nossa luta nacional estamos dando uma resposta a essa violência, a esse ataque do governo federal, paralisando, não apenas na cidade de Campinas, mas no país inteiro, diversas agências e locais de trabalho, com o apoio dos funcionários.

Também estamos em contato com o prefeito da cidade, levando um oficio, pra que politicamente tenhamos uma discussão sobre a questão que está prejudicando a população de Campinas e do país inteiro.

Contamos com a população de Campinas, para que estejamos juntos nessa luta, contra essa reestruturação do Banco do Brasil, contra a diminuição de atendimento daqueles que mais precisam. Afinal de contas o Banco do Brasil é um banco Público e tem a obrigação de atender a toda a população. O que é público é de todos.

Jeferson Boava, Dirigente Sindical do Sindicato dos Bancários de Campinas – SP | Presidente da Federação dos bancário de São Paulo com Mato Grosso do Sul – MS

Mais notícias no site do sindicato:

Assembleia aprova greve dia 10 contra desmonte do BB – Sindicato dos Bancários (sindicatocp.org.br)

A luta dos trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Brasil
Fonte da Imagem: Sindicato dos Bancários de Campinas – SP

Nesse momento de forte desemprego no Brasil e no mundo por conta da recessão econômica motivada pela atual pandemia da Covid-19, o Banco do Brasil, empresa pública, está realizando mais uma reestruturação administrativa com significativa redução do número de agências e consequente diminuição de quadro de funcionários e funções gratificadas.

Da mesma forma que em outras reestruturações o Banco do Brasil não negociou com o movimento sindical ou com os trabalhadores, inexistindo contraditório e defesa aos descomissionados os quais tiveram perda salarial significativa em pelo menos 1/3 de seus salários.

Infelizmente estamos diante de um governo que despreza a vida da população e a todo momento desqualifica o funcionalismo público desse país restando nesse momento ao movimento sindical a mobilização da categoria e a via judicial para tentar a preservação dos postos de trabalho e remuneração dos que foram descomissionados.

Luciana, LBS Advogados

Sindicato dos Bancários de Campinas – SP e LBS Advogados

3 textos no artigo