O centenário de Paulo Freire atravessou 2022, e nosso Patrono Nacional da Educação – cuja memória foi enxovalhada pela extrema-direita ao longo desses últimos anos – saiu-se vencedor da disputa eleitoral. Venceu pelas nossas mãos, pela resistência na Academia, nas redes, nas ruas, nos movimentos de base e de educação popular. Com Ariano Suassuna, deve estar rindo por último no céu, e saudando seu conterrâneo nordestino que resgatou nas urnas o Brasil da Esperança!
“É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”.
Agora é continuar esperançando, pois, derrotar Bolsonaro nas urnas foi duro, tenso, difícil, mas será tarefa permanente derrotar as ideias que o “mito” compartilhou com milhões de pessoas racistas, misóginas, fascistas, autoritárias e violentas por esse país afora. Valei-nos, Paulo Freire, no presente e no futuro!
Renato Simões