Como compreender, no atual estágio de desenvolvimento do Estado Capitalista, suas formas de se relacionar Politicamente, Economicamente, Socialmente e Culturalmente, o desenvolvimento dos Estados e suas relações no desenvolvimento das Sociedades?
Neste contexto político, os Sindicatos têm Papel Político determinante no desenvolvimento do Estado e da Sociedade.
Os Sindicatos são Organização de Representação dos interesses dos Trabalhadores e Trabalhadoras, criados para conter o poder dos Empresários, GOVERNOS na Relação entre Patrão, Estado, Empregados que é o lado mais fraco.
Os Sindicatos nascem na primeira metade do século XIX, em função das condições precárias de trabalho em que os trabalhadores e trabalhadoras estavam submetidos, sem nenhuma Lei de proteção aos Direitos Trabalhistas.
Ao final do Século XIX, os sindicatos tiveram reconhecimento legal, desde então tem cumprido papel fundamental na organização da classe trabalhadora.
Na Organização Internacional do Trabalho (O I T), está Garantido o Direito de Sindicalização, o Direito de Greve etc. Também está Garantido pela Organização das Nações Unidas (ONU), como Direito Fundamental no Artigo 23, que estabelece que toda pessoa tem o Direito de fundar com outras pessoas Sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa de seus interesses.
No Brasil os sindicatos são atores sociais que reivindicam e organizam a Classe Trabalhadora neste modelo de Democracia Representativa, participativa como está previsto em nossa Constituição. Nas últimas décadas, o movimento sindical brasileiro além da organização e defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, tem exercido importante papel nas Lutas Gerais de Interesse dos Trabalhadores e Trabalhadoras. Os Sindicatos foram instrumentos fundamentais para as Conquistas dos Direitos Trabalhistas existentes hoje na CLT e Constituição Federal.
Sempre Unidos
Os Trabalhadores e Trabalhadoras organizados através dos sindicatos se mobilizaram nas fábricas, nas comunidades, nas Igrejas, nos movimentos sociais e a sociedade civil organizada para pressionar os Deputados Federais e Senadores a colocar na Constituição Federal de 1988 as nossas reivindicações para serem transformadas em Leis Trabalhistas que estão vigentes hoje e que beneficiam e dão proteção aos Trabalhadores e para toda Sociedade.
Exemplos destas conquistas: jornada de trabalho de 44 horas semanais, Licença maternidade de 120 dias, antes só existia para o dia do parto, pagamento de 1/3de Férias, décimo terceiro salário, adicional de hora extras etc.
Por isso não há desenvolvimento pleno de uma sociedade, se não houver o direito de organização dos trabalhadores e trabalhadoras através dos sindicatos, como instituição garantida pelo Estado.
No atual estágio de desenvolvimento do Capitalismo no Brasil e no Mundo, sua relação com o Estado tem afetado de forma desestruturante a Sociedade e suas Instituições. Na busca incessante de acumulação de lucro o Capitalismo destrói as Relações Políticas Sociais, Econômicas, culturais existentes nos Estados e Instituições da Sociedade Civil organizada como Classe Trabalhadora. Neste sentido os Sindicatos têm se tornado alvo de Campanhas Difamatórias pelas grandes corporações midiáticas para descredibilizar e criminalizar os sindicatos e os Sindicalistas, passando uma imagem dos sindicatos serem um entrave para o crescimento das empresas e o desenvolvimento do País.
Mas ao contrário da fala os Empresários da Federação Estadual das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os Sindicatos têm sido a malha de proteção dos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras e da Sociedade Brasileira nesta disputa desigual entre Patrão e Empregado.
Só haverá Sociedade desenvolvida, se houver Garantido o Direito dos Trabalhadores e das Trabalhadoras de se organizarem livremente em seus sindicatos.
Sindicatos Fortes
A Existência de sindicatos fortes organizados dentro das empresas, no comércio, no campo e cidades é a garantia de que os trabalhadores e trabalhadoras terão seus Direitos Protegidos, nas negociações com os patrões e governos.
Neste segundo semestre do ano, as principais categorias de trabalhadores têm negociações de data base, categorias como metalúrgicos, bancários, petroleiros, químicos negociam aumento salarial e convenção coletiva de trabalho com os patrões da Fiesp, Febraban etc.
Se não tivessem sindicatos organizados para negociar com os patrões, como um trabalhador ou trabalhadora sozinho/sozinha teria força política para negociar aumento de salário e melhoria no ambiente de trabalho? Por isso os sindicatos são determinantes na Vida da classe trabalhadora.
Veja o importante e determinante papel que está tendo os sindicatos neste momento de negociação dos trabalhadores americanos. Lá o sindicato não está discutindo somente a renovação de um novo contrato de trabalho com as três maiores montadoras de veículos dos Estados Unidos e no mundo. A negociação que o sindicato está fazendo com General Motors, Ford e Stellatis tem a ver com o futuro dos empregos. Há, no mundo todo, uma mudança de conceito de carro, ao invés de utilizar veículos com motor a combustão, as montadoras estão migrando suas produções para veículos com motores elétricos e isso eliminará centenas de milhares de postos de trabalho. A organização e pressão dos trabalhadores organizados em seus sindicatos fizeram com que a General Motors incluísse no contrato coletivo em suas plantas de fábrica, baterias que ela queria que ficasse fora do contrato nacional que o sindicato está negociando.
Que trabalhador sozinho conseguiria negociar um acordo desta magnitude, por isso que só vai existir Direitos Trabalhistas se houver sindicatos organizados.
Só haverá Sociedade organizada, se houver Instituições representativas dos trabalhadores e trabalhadoras organizados.
Por isso não fique sozinho/sozinha! Fique sócio, sócia de seu sindicato!
Só haverá sindicatos fortes organizados, se os trabalhadores e trabalhadoras exercerem seus Direitos Garantidos na Constituição Federal e na Convenção Coletiva de Trabalho que nós organizamos nos Sindicatos. É importante sindicalizarmos para coletivamente nos fortalecer, para que nossos Sindicatos para nós ajudem a nos mobilizar como Classe Trabalhadora e exigirmos dos Patrões, dos Deputados Federais, dos Senadores da República e do Governo Federal que sejam transformadas em Leis Trabalhistas nossas Reivindicações.
Só a Luta Muda a Vida!
Firme! A Luta Continua.
Jair Santos,
Diretor Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região