1. Os desafios na organização das trabalhadoras domésticas: a questão de o trabalho ser individualizado e prestado em ambiente privado; a falta de interesse pela luta organizada; a falta de recurso entre outros; O Assédio Moral ‚ uma das modalidades de violência invisível que provoca traumas psicológicos e depressão nos/as trabalhadores/as domésticos/as. A humilhação, a acusação de roubo, revistar a bolsa, a responsabilidade pelo sumiço das coisas, o aumento de serviço para além do combinado, zombar do estilo de vida, ridicularizar a forma como o trabalho ‚ realizado entre tantas outras coisas. Em todos os casos de violência deve-se, sempre, registrar Boletim de Ocorrência (B. O.), preferencialmente na Delegacia de defesa da Mulher para dar prosseguimento ação processual; A maior violência sofrida pela categoria ‚ a falta do cumprimento das Leis, principalmente as que obrigam o registro em carteira de trabalho e o recolhimento do INSS. Os trabalhadores não têm consciência do prejuízo que causa a falta do registro do contrato em sua CTPS.
2. As lutas que vamos continuar nos próximos 4 anos; em 20/21 assinamos o Acordo Coletivo que ‚ uma forma de garantir direito, o sindicato das domésticas negocia com o sindicato dos patrões, para isso devemos estar fortalecidas para garantir mais benefícios para todas/os, isso acontece todos os anos de dezembro até‚ final de fevereiro – A data base ‚- 1º de março de cada ano. Em 2021 Reajuste de 3,5% do sal rio a partir de 1º de março/21. Ninguém pode ganhar menos que R$ 1.282,45 piso da categoria.
O trabalho doméstico é tão importante, pois, garante a sustentação no mundo do trabalho organizado. A realização desse trabalho pela doméstica ‚ fundamental porque viabiliza outros (as) profissionais a trabalharem nas reais de produção de bens econômicos. Valorizar a profissão ‚ ter consciência que o serviço doméstico tem o mesmo valor que qualquer outra profissão. A rotatividade entre a categoria ‚ fruto da política neoliberal global e da inovação tecnológica cabendo as (aos) trabalhadoras a valorização daquilo que se sabe fazer.
SINDICATO COMBATIVO: É aquele que defende os direitos e deveres da categoria com firmeza, que permanece organizado, discute e aprova pauta de reivindicação para acordo coletivo junto a patronal, tendo o apoio da base nas lutas emergenciais. Para tanto, se faz necessário planejar as atividades de formação sindical e de gênero. Ao menos uma vez por mês deve haver encontro para socializar as informações e estabelecer vínculo com as associadas. A conquista só vem a partir de muita luta e resistência.
BANDEIRA DE LUTA: RESOLUÇÃO DO XI CONGRESSO
1. Trabalhar para a conscientização política como classe trabalhadora;
2. Construir uma base fortalecida;
3. Ampliar e incentivar a participação na política como espaço de fomento na disputa eleitoral;
4. Potencializar as estratégias de informações, visando a conscientização e fortalecimento das trabalhadoras domésticas;
5. Possibilitar a compreensão das estruturas e funcionamento político de cada um;
6. Possibilitar a superação e identificação do opressor patronal e estado;
7. Empedramento das trabalhadoras domésticas;
8. Voltar fazer trabalho de base ( reuniões nos bairros, visitas …s comunidades);
9. Pensar numa forma automática de filiação as trabalhadoras atendidas no sindicato;
10. Reunião com a categoria no terceiro sábado;
11. Conscientização da importância do sindicato, consciência de classe;
12. Criar grupo de conversa para aumentar a autoestima e o empoderamento;
13. Falar sobre a importância do registro em carteira;
14. Incentivar que as trabalhadoras regularizem seus documentos como título de eleitor RG , bem como ter conta em banco;
15. Incentivar as trabalhadoras a votar em projeto político partidário que atenda às necessidades da maioria e lutar por políticas públicas adequadas para a periferia;
16. Denunciar a violência doméstica, assédio moral e sexual;
17. Manter a negociação coletiva para ampliar direitos;
18. Manter as parcerias j existentes e ampliar;
19. Realizar atividades culturais 3 vezes no ano;
20. Participar das rodas de conversa nos CRAS e outros;
21. fazer material informativo e distribuir nos condomínios;
22. Elaboração de um documento a situação do trabalho análogo a escravidão.
Sindicato das Domésticas
Campinas – SP