EIXO 6: COMUNICAÇÃO EM NOSSO FAVOR

Eixo 6: COMUNICAÇÃO EM NOSSO FAVOR

A censura e a manipulação político-ideológica exercidas pelos grandes meios de comunicação não é um fato recente. Se antes o debate era sobre a mídia tradicional, comandada por sete famílias Marinho, Edir Macedo, Abravanel, Saad, Frias, Mesquita e Civita, no Brasil; agora, com as mídias digitais, enfrentamos as Big Tech. As gigantes de tecnologia mundial que impactam a vida de bilhões de pessoas, com seu poder e influência, por meio de plataformas digitais que disputam imaginários e monetizam com base no estímulo à violência, ao ódio, à mentira, ao preconceito, à difusão de fake news. Tanto, que entre os dez maiores bilionários do mundo, estão Elon Musk, dono da Tesla, o segundo maior; e Zuckerberg da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) que é o quarto.

Esse processo histórico de desonestidade informacional contribui para um retrocesso a um mundo autoritário e ao regime da necropolítica, de desmonte do Estado e das políticas públicas, e de avanço das privatizações.

Enfrentar o dragão de sete cabeças da comunicação nunca foi uma tarefa fácil, nem antes, nem agora. Além de agilizar a democratização e regulamentação do setor de comunicações, é urgente que o Governo Federal desenvolva uma estratégia de comunicação oficial que informe e dialogue, efetivamente, com os vários públicos.

Nesse contexto, tão necessário também é o fortalecimento da mídia alternativa. A história mostra que muitas foram as experiências de comunicação social, popular e sindical que se constituíram em importantes contrapontos à manipulação midiática dos grandes meios e contribuíram para a transformação e organização social no Brasil, neste e no século passado. E que, certamente, hoje, consistem em importantes ferramentas na construção de uma militância social e política, permanente e aguerrida, na frente estratégica da batalha de ideias e narrativas, que a comunicação pode alavancar.

“Desarmemos a comunicação de todo preconceito, rancor, fanatismo e ódio; purifiquemo-la da agressividade. Não precisamos de uma comunicação estrondosa e muscular, mas de uma comunicação capaz de ouvir, de acolher a voz dos frágeis que não têm voz. Desarmemos as palavras e ajudaremos a desarmar a Terra.” (Papa Leão XIV)