Estamos vivendo novos tempos. Enchentes, secas e aumento da temperatura apontam para uma preocupação crescente: a frequência cada vez maior dos eventos extremos da crise climática e os riscos para a continuidade da vida das pessoas e do planeta. Resultado da ganância incessante do capital sobre a natureza. As organizações populares têm denunciado que os impactos das mudanças climáticas afetam grupos sociais de maneiras diferentes, mas sobretudo à população mais vulnerável que vive nas zonas periféricas, sem acesso aos direitos básicos.
Em diálogo com a Campanha da Fraternidade 2025, da CNBB, que traz o tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, o 31º Grito também propõe a promoção de um processo de conversão integral ouvindo o grito dos pobres e da Terra. Processo que passa pela denúncia dos males do estilo de vida atual que geram a crise socioambiental, aponta as causas da grave crise climática global e destaca a necessidade de mudanças profundas nos modos de vida e a rejeição das “falsas soluções”.
Portanto, a resposta para essa crise só pode vir das mãos daqueles e daquelas que sentem na pele seus impactos, pois não é possível imaginar que as classes dominantes, as principais responsáveis por essa situação, estão preocupadas em solucioná-la.
Nestes momentos, é fundamental mantermos a solidariedade de classe, estar cada vez mais organizados, reivindicar dos governos políticas de proteção para as populações mais afetadas e fazer a luta anti-imperialista. Só poderemos enfrentar as mudanças climáticas enfrentando o capitalismo. É tempo de avançar!
